terça-feira, 6 de agosto de 2013

Robert Galbraith... essa é boa.

Capa infame
Ainda recuperando o tempo perdido com o super atraso em trazer os filmes e livros que vi e li desde maio, o destaque neste post é para os livros...
O mais recente, que li em fast foward (confesso) foi o último livro da autora de Harry Potter, J. K.Howling. 
Escrito sob o pseudônimo Robert Galbraith, The Cuckoo's Calling foi lançado sem estardalhaço. Quando ele começava a chamar a atenção do público e crítica, mesmo que ainda timidamente, uma bocuda que sabia do segredo o publicou no twitter. E o projeto quase antropológico de Rowling foi por água abaixo - ela o comenta no seu site. A venda do livro estourou, vários leitores ávidos foram à internet à procura do livro... e eu não fui diferente. No mesmo dia comprei o ebook e comecei a ler a nova história da autora de HP.
E foram vários, vários dias. Ontem, quando me encontrava no meio do livro, resolvi apressar a leitura e ir para o último capítulo. Eu reservo a carta do "vou direto para o final" para casos mais extremos. E esse foi um deles.
About the Author
ROBERT GALBRAITH spent several years with the Royal Military Police before being attached to the SIB (Special Investigative Branch), the plainclothes branch of th RMP. He left the military in 2003 and has been working since then in the civilian security industry. The idea for Cormoran Strike grew directly out of his own experiences and those of his military friends who returned to the civilian world. "Robert Galbraith" is a pseudonym. 
A trama de Cormoran Strike, um detetive particular que investiga a possibilidade de homicídio no suicídio de uma supermodel, e para isso tem a ajuda de sua nova secretária, Robin, parecia interessante. E talvez seja. Mas eu não consegui me identificar com a trama e em como ela é contada. Não consegui, também, me importar com os personagens - o que é a morte de qualquer história. No fundo da mente, numa voz baixinha, eu pensava que aqueles personagens eram interessantes e valia acompanhá-los. Mas em determinado ponto, não a ouvi mais, e então veio a decisão de avançar para o final. Que em nada surpreendeu, reforçando a minha decisão de apressar o fim. 

Retrocedendo para maio, To Say Nothing of The Dog, de Connie Willis, foi uma indicação do autor John Green em seu vlog no youtube. Gosto muito de JG e valorizo suas indicações. Esta foi a primeira que segui, e adorei. Viagens no tempo são geniais e essa é de uma inteligência e ironia impecáveis. Eu demorei um pouco para engatar no livro, mas para variar, ele se tornou incrivelmente inelargável justamente numa madrugada em que tinha de acordar cedo no dia seguinte :)



The Ocean at The End of The Lane é o mais novo livro de Neil Gaiman, foi amor absoluto. Gaiman não pode errar comigo - e várias vezes eu já suspeitei que havia chegado o momento. Mas foi alarme falso todas as vezes, thanks God.
I liked myths. They weren’t adult stories and they weren’t children’s stories. They were better than that. They just were.Adult stories never made sense, and they were so slow to start. They made me feel like there were secrets, masonic, mythic secrets, to adulthood. Why didn’t adults want to read about Narnia, about secret islands and smugglers and dangerous fairies (p. 51).

Encantamento. Silêncio. O universo inteiro ao meu redor. Tudo em apenas 143 páginas (no ebook em inglês). O mundo inteiro em poucas palavras, como uma história boa pode trazer. E Neil Gaiman o faz como poucos que conheço. Quando fechei a última página, o meu estado era de meditação. Muito do que senti Neilman colocou no pensamento de seu personagem no interior do oceano:

I saw the world I had walked since my birth and I understood how fragile it was, that the reality I knew was a thin layer of icing on a great dark birthday cake writhing with grubs and nightmares and hunger. I saw the world from above and below. I saw that there were patterns and gates and paths beyond the real. I saw all these things and understood them and they filled me, just as the waters of the ocean filled me.Everything whispered inside me. Everything spoke to everything, and I knew it all (p. 115).
O mundo inteiro em mim em silêncio. Exagero? Não sei. Acho que você vai ter de ler para me contar :)
I was not happy as a child, although from time to time I was content. I lived in books more than I lived anywhere else (p. 22).
Por fim, outro livro em que não encontrei o suficiente para chegar ao fim foi One Hundred Names, de Cecelia Ahern. Filha do ex-Primeiro Ministro da Irlanda, eu a conheci há anos, com livros que me encantaram e estiveram aqui no Viagens anteriormente. De um tempo para cá, os livros dela se transformaram em mensagens muito explícitas - a armadilha da defesa da tese novamente -, e aí perderam muito do encanto para mim. 
One Hundred Names inicia de forma mais interessante do que termina, e assim abordei a missão antes do final. Mas de Cecelia não desisto jamais, e ainda há outro livro dela, recente, para ler. Esperando, dessa vez, menos defesa e mais história. 


Hannah Arendt está nos cinemas
e é incrível. Enquanto ele não chega
ao Viagens, fica o Trailer. Imperdível.

PS: Um post sem post scriptum vai contra a tradição do blog. Desta vez, ele vem esclarecer que outros livros foram lidos no período de maio até hoje. Mas ou eu esqueci quais foram - não anotei todos, como costumo fazer - ou são tão infames que não dá nem para contar. Bom, de qualquer forma, o enquadramento se justifica :)




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