segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

... and Lily, the shrilly.





“Do you want to know why I never married?”
“The question wasn’t at the top of my list,” I admitted.
The old woman made me meet her eye. “Listen to me: I never married because I was too easily bored. It’s an awful, self-defeating trait to have. It’s much better to be too easily interested.”
“I see,” I said. But I didn’t. Not then. Not yet.
(Dash & Lily's Book of Dares, p. 154).

Daniel Briand: o cenário para o último post e café da manhã do ano : )

Com os livros, a repetição não foi uma regra...  mas ocorreu, de forma muito bacana.

Uma semana antes do natal, comecei a ler Dash & Lily's Book of Dares, uma escrita conjunta de Rachel Cohn e David Levithan. Os autores escreveram três livros na linha she said, he said - cada capítulo escrito em primeira pessoa, cada autor responsável pelo personagem do seu gênero. Eu li os três neste mês, mais especificamente nos últimos dez dias. O último acabei hoje, imersa em fofiness e boas histórias. 

A Dash & Lily's eu cheguei pelo título. Book of Dares? Não poderia ser ruim, e não foi. Pelo contrário. Tão bom que não consegui parar até chegar ao final, mesmo que contra a minha vontade. Como assim? 
two (Lily)December 21st
I love Christmas.I love everything about it: the lights, the cheer, the big family gatherings, the cookies, the presents piled high around the tree, the goodwill to all. I know it’s technically goodwill to all men, but in my mind, I drop the men because that feels segregationist/elitist/sexist/generally bad ist. Goodwill shouldn’t be just for men. It should also apply to women and children, and all animals, even the yucky ones like subway rats. I’d even extend the goodwill not just to living creatures but to the dearly departed, and if we include them, we might as well include the undead, those supposedly mythic beings like vampires, and if they’re in, then so are elves, fairies, and gnomes. Heck, since we’re already being so generous in our big group hug, why not also embrace those supposedly inanimate objects like dolls and stuffed animals (special shout-out to my Ariel mermaid, who presides over the shabby chic flower power pillow on my bed—love you, girl!). I’m sure Santa would agree. Goodwill to all. (D&L, pp. 17/18).

O livro acontece no espaço de dez dias, iniciando em 21 de dezembro, com o dia marcado em cada capítulo, seja sob o ponto de vista de Dash ou de Lily. Não que eu tivesse medo de não chegar a ver o dia 22, mas li o livro quase de sentada, apesar de querer muto, muito, no terceiro capítulo, parar de ler para continuar numa sincronia com os meus dias.Com essa ideia, teria de esperar uma semana para chegar a Dash e Lily novamente. Não consegui, claro. O que fiz foi reler novamente o livro no dia 21 - achei que seria legal seguir o natal com ele. Sim, não foi a mesma coisa, chega um ponto em que tudo dá tão errado que ou a gente corre adiante ou pára de ler... Eu corri, mesmo com prejuízo da experiência imaginada. 

But Langston repeated, “Lily, you just don’t understand. What you need is someone to keep you occupied. You need a boyfriend.”
Well sure, who doesn’t need a boyfriend? But realistically, those exotic creatures are hard to come by. At least a quality one. (D&L, p. 20).

I shouldn't want the song to end. I Always think of each night as a song. Or each moment as a song. We move from song to song, from lyric to lyric, from chord to chord. There is no ending here. It's an infinite playlist. (N&N, pp. 173/4). 

Os outros dois livros de Cohn e Levithan foram Nick & Norah's Infinite Playlist e Naomi & Ely's No Kiss List. O primeiro deu origem a um dos meus filmes favoritos e um dos mais fofos que vi. Eu o tenho de rever de tempos em tempos. E o livro chegou pela Amazon logo após uma dessas reprises, o que me levou, acho, a rejeitar o livro de início. A alma da história está ali, mas o resto é muito diferente. Uma adaptação que considero boa, mas que gerou duas realidades paralelas com os mesmos personagens. Foi difícil assumir o livro... mas não há como eu me afastar das histórias de Cohn e Levithan: elas são honestas, divertidas e têm uma intensidade emocional que é essencial para mim. 
There are no such things as a soulmate... and who would want there to be? I don't want half of a shared soul. I want my own damn soul. (...) Not soulmates. But close. Because that as far as you should ever get with another person: very, very close. (N&E, p. 174).
Contam das amizades, dos amores, das perdas e dos encontros e desencontros de forma muito fofa. Interligam-se em música e geografia, preferências e personagens. Contam das mudanças que temos de enfrentar - embora se foquem mais no fim da adolescências, quando as transformações são mais evidentes, para mim eles se referem aos dilemas com que nos deparamos toda a vida, se não nos conformamos com a ideia de que a idade adulta é o fim dos conflitos e das descobertas. 

I showed him the Post-it. “You see? They’re from Lily.”
“Who’s Lily?”
“Some girl.”
“Ooh … a girl!”
“Boomer, we’re not in third grade anymore. You don’t say, ‘Ooh … a girl!’ ”
“What? You fucking her?”
“Okay, Boomer, you’re right. I liked ‘Ooh … a girl!’ much more than that. Let’s stick with ‘Ooh … a girl!’ ” (D&L, p. 52).

E, apesar do tom um pouco professoral de alguns pensamentos, especialmente com o útlimo que li, eles conseguem refletir sobre essa vida que vivemos como só a ficção e seus personagens amados conseguem. 

Naomi & Ely's não foi um amor imediato como Dash & Lily, mas me conquistou também. É o mais difícil dos três, o mais angustiado, e me acompanhou no dia especialmente moroso de ontem. Seria o livro mais dolorido também, embora nada, nos três, supere para mim a decepção por que Dash passa em um momento dos seus desafios. E Nick & Norah eu amo anyway, seja em filme ou em palavras. 

The cure. For the Ex's? I'm sorry, Nick. You know. Will you kiss me again? 

O legal de ler os três assim, seguidamente, é a identificação dos elementos e de um banheiro em comum. Assim como em John Green - Levithan e ele têm um livro juntos, o próximo da lista, aliás -, algumas coisas estão sempre lá. E o que poderia ser repetição, torna-se uma conexão bacana entre as histórias. As playlists, as bandas, as músicas... as ruas, os lugares. Uma viagem de que gosto muito.

I was about to give up and leave the store, my belief in the Moleskine defeated, when I felt a tap on my shoulder. I turned around and saw a girl who looked college age, dressed like Hermione Potter. I assumed she was a store employee.
“Are you the girl looking for the Muppet workshop?” she asked.
“I am?” I said. Don’t know why I said it like a question, other than I wasn’t sure I wanted Hermione knowing my business. I’ve always resented Hermione, because I wanted to be her so badly and she never seemed to appreciate as much as I thought she should that she got to be her. She got to live at Hogwarts and be friends with Harry and kiss Ron, which was supposed to happen to me. (D&L, p. 77).

"There's no such thing as ready", she says. "There's only willing" (N&N, p. 62). 

She raised her hand to cut me off. “I am aware of your epistolary flirtation. Which is all well and good—as long as it’s well and good. Before I ask you some questions, perhaps you would like some tea?”
Muito personagem fofo junto.
“That would depend on what kind of tea you were offering.”
“So diffident! Suppose it was Earl Grey.”
I shook my head. “Tastes like pencil shavings.”
“Lady Grey.”
“I don’t drink beverages named after beheaded monarchs. It seems so tacky.”
“Chamomile?”
“Might as well sip butterfly wings.”
“Green tea?”
“You can’t be serious.”
The old woman nodded her approval. “I wasn’t.”
“Because you know when a cow chews grass? And he or she chews and chews and chews? Well, green tea tastes like French-kissing that cow after it’s done chewing all that grass.”
“Would you like some mint tea?”
“Only under duress.”
“English breakfast.”
I clapped my hands. “Now you’re talking!”  (D&L, pp. 150/151).

We always see our worst selves. Our most vulnerable selves. We need someone else to get close enough to tell us we're wrong. Someone we trust. (N&E, p. 177).

Life fails. Songs don't always. (N&N, p. 113).


O começo do mês trouxe uma nova série distópica, Divergent. Até agora são dois os livros de Veronica Roth, com o terceiro e último previsto para 2013. Em um mundo dividido claramente em aptidões, há jovens que não se enquadram em uma facção claramente. Eles são os divergentes, e aí a confusão começa.

Eu gosto muito de distopia, e Divergent não me decepcionou. Não é wow, mas é bacana. Deixei para ler o segundo, Insurgent, perto do lançamento do terceiro, porque a espera pelos novos capítulos de série, apesar de bastante conhecida para mim, cansa às vezes. E se o livro não é insano a ponto de exigir imediatismo, vale a espera. Acho, rs. 
"It's just a simulation, Tris", Four says quietly.He's wrong. The last simulation bled into my life, waking and sleeping. Nightmares, not just featuring the crows but the feelings I had in the simulation - terror and halplessness, which I suspect is what I am really afraid of.(...)Stilll I nod and close my eyes. (p. 251).

A missão Ler Todos os Livros de Nora Roberts continuou em dezembro com os dois primeiros livros (são quatro) da série O'Hurleys - The Last Honest Woman e Dance to Piper. Nenhum dos dois foi marcante para mim, mas o primeiro alcançou o coração de uma pessoa querida. Foi assim que cheguei a essa série, numa forma de chegar mais perto de uma pessoa amada. E sabe-se lá se existe um motivo melhor para chegar a um livro? 


Mark scoffed. “You bookish little pervert.”
“Thank you, sir!” Dash said brightly. 
(D&L, p. 247).
Feliz ano novo!!!
Muitos livros, filmes, amigos, viagens... 

Essa vida engraçada...


PS: Hoje, depois de escrever o post, fui lavar as mãos. E quem encontro? Essa coincidência em sabonete : ) Qual a probabilidade disso acontecer? Btw, Dash & Lily's Book of Dares está previsto para o cinema em 2013. É torcer para a adaptação ser tão querida quanto o livro : )

PSS: Importante para a história de Dash e Lily é The Strand, livraria gigantesca na Broadway, NY. Na entrada, há o anúncio de 18 miles of books... no livro, uma discussão engraçada a respeito dessa soma. O site da livraria já é uma viagem bacana: http://www.strandbooks.com. 








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