sexta-feira, 13 de maio de 2011

Thanks to the Chairman


Hoje eu me senti tão feliz de estar no cinema que não teria condições de dizer se os filmes que vi são bons ou não... Não consigo olhar para eles assim, embora tenha a impressão de que Os Agentes do Destino seja genial. Bom, isso não importa. Na primeira fileira nos dois cinemas, encolhida na cadeira, com a sensação de estar sozinha com a tela, eu me diveti horrores.


Eu li Something Borrowed e Something Blue, de Emily Giffin, há mais ou menos três anos. O primeiro veio de Recife, em português  - O noivo da Minha Melhor Amiga -, emprestado por Carla via Kal. Da mesma autora li também Love The One You're With, que tem uma premissa muito legal. Mas esse livro me angustiou um pouco, porque as pataquadas da personagem fizeram muito sentido para mim. Identificação demais às vezes dá pânico... Li correndo, pulando as páginas.

Ao chegar ao cinema para ver O Noivo da Minha Melhor Amiga (Something Borrowed. Luke Greenfield, US, 2011), eu não esperava muito. Thanks God, porque me diverti demais. John Krasinski como Ethan... muito bom. 

Nesta semana conversava sobre adapção de livros para o cinema, como não dá para esperar que duas linguagens diferentes contem uma história de forma igual. Seus modos são diferentes. O que caberia ao cineasta ao adaptar uma história escrita seria, mais do que sustentar uma fidelidade factual com a narrativa primeira, manter a essência do que conta - nas palavras da minha querida Laura.  

Penso que cineastas que são também bookworms conseguem traduzir bem a história escrita em imagens. Não sei se é o caso de Joe Wright, o meu preferido, com Orgulho e Preconceito (Pride & Prejudice, França/UK, 2005), mas ele me trouxe esse pensamento. O seu amor pela história que filmou transparece na honestidade da narrativa e nos comentários presentes no DVD. O pedido de casamento de Darcy a Elizabeth em meio a uma chuva torrencial me trouxe a intensidade do diálogo dos dois no livro, mesmo que neste a cena fosse diferente.

Não estranhei a adaptação de Something Borrowed. Só sinto que o filme deixa um pouco da melancolia e da intensidade da história de lado, embora eu a tenha encontrado em alguns momentos. Cute cute. Gostei mais do que imaginei pelo que vi antes de entrar na sala de cinema.  Não soube de nenhuma notícia sobre o segundo filme, Something Blue, embora pense que este primeiro filme já aconteça tendo em vista a sua continuação - talvez daí venha a sensação de perda de alguns aspectos do livro.

A minha segunda incursão na big diversão foi incrível. Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau. George Nolfi, US, 2011, a partir de um conto de Philip K. Dick) é pure fun. Smart fun. Eu fico feliz com uma narrativa tão bem construída. O filme é uma delícia, e mergulhei nele.

Fiquei pensando, ao fim, se não seria muito Just Do It. Grab your destiny with your own hands... I don't care, eu respondi para mim mesma; me deixa em paz, coisinha. A história é muito bacana. E acaba que a vida se apresenta assim, o que fazemos com ela e por ela... Que filme legal.

Na trilha dos dois filmes, surpresas. Uma conhecida - Fake Plastic Trees, de Radiohead. Outra, novidade para mim: Are You Read, com Richard Ashcroft, música que saiu comigo do cinema. Ashcorft é vocalista de The Verve (Nooooo, eu sabia disso já? Sabia não. Descobri agora e adorei).

Hapinness, more or less
Is just a change in me
Something im my liberty
Hapinness
Coming and going
I watch you look at me
Watch my fever grow and
I know - just where I am...





Uma curiosidade: unidos pelo casamento, separados pela ficção. John Krasinski e Emily Blunt estavam nos dois filmes - ele no primeiro, ela no segundo. A family affair na minha sessão dupla de hoje.



Em itálico, trecho da música Lucky Man, The Verve (lyrics by Richard Ashcroft).






3 comentários:

  1. Também achei a atmosfera do filme diferente do livro. Curti o filme,mas... bom, é por isso que a gente lê os livros, né??? Se não, era só esperar pelas adaptações! hohoho

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  2. Nossa Dri, me deixou aliviada de dizer que The Adjustment Bureau é bom. To doida para ver, mas estava com medo de me decepcionar.

    Beijos.

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  3. Lê, conta para mim o que achou do filme. Se quiser, vamos ao cinema, quero ver novamente, é muita diversão. Bjo!

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