sábado, 26 de março de 2011

Chegadas e Partidas

(GNT, Quarta-feira, 21h30, reprise no sábado 21h00, domingo 03h30, segunda 00h00, terça`09h15...).

Thanks God pelas reprises... thanks também pelo acaso e pela exaustão que nos coloca em frente à televisão, sem muito rumo. Sem saber muito o que fazer com o meu cansaço e sem querer dormir às sete da noite, eu me plantei no sofá e zapeei pela Sky. Encontrei primeiro um maluco que faz bolos absolutamente geniais nos Estados Unidos. Cake Boss é o show, e eu me diverti muito. Acabou, fiquei meio lost in space e acabei esbarrando na estrela da noite: Chegadas e Partidas, do canal GNT.

Astrid Fontenelle anda pelo aeroporto de Guarulhos, SP, entrevistando pessoas que chegam e partem. Ok, primeiro pensei: cafonice! Depois lembrei de Simplesmente Amor (Love Actually, UK/US, 2003), um filme que amei e vi quatro vezes em uma semana... de verdade. Bom, as cenas do aeroporto (lembra?), no começo e final do filme, me emocionaram muito. Então, resolvi dar uma chance a Astride e ao primeiro episódio desse novo programa.

Agora, preciso dar graças também por ter este espaço. Depois dos créditos finais, fiquei sem saber o que fazia com o aperto no meu coração, e aí resolvi trazê-lo para cá. Foi uma boa surpresa saber que não há pré-produção. Astrid Fontenelle chega tranquila e pede que a pessoa conte por que está ali: quem espera quem; quem parte e para onde; quem fica... No primeiro espisódio, histórias contentes e histórias de cortar o coração, sem sentimentalismo ou sensacionalismo e com muita delicadeza. Meu coração ainda está apertado.

PS: pela segunda vez nesta semana, esbarrei em Sea of Love (Cat Power). Amo muito essa música desde o filme Vítimas de uma Paixão (Sea of Love, US, 1989), com Al Paccino e Ellen Barkin. No filme, há duas versões da música, a última delas com Tom Waits. Poderia falar aqui como era apaixonada por Waits nos anos 1980, mas aí este post viraria uma bola de neve... Bom, é suficiente dizer que a música se estabeleceu em mim, mesmo que dela eu esqueça de vez em quando. Nesta semana ela me cutucou e se fez lembrar duas vezes - uma no episódio 20 da primeira temporada do seriado Pretty Little Liars e outra hoje. Trilha sonora para um dos momentos mais tocantes de Chegadas e Partidas, eu a trago aqui pelo youtube porque, ignorante total, ainda não sei anexar música ao post.

PS2: CARAMBOLA. Fui baixar o video do youtube e resolvi ler a descrição. As fotos que acompanham o video têm uma história muito emotiva, lost love and all. Que coisa, e nem é lua cheia...

Acho que agora vou dormir, é o melhor, né? Imaginem os sonhos, haha.

Enjoy!

sexta-feira, 25 de março de 2011

U2 3D

(Dirigido por Catherine Owens e Mark Pellington, US, 2007).

UNO DOS TRES CATORZE!!!

Os shows do U2 em SP, em 2006, foram incríveis. No segundo show, ficamos em dos anéis, na grade, com o Bono bem pertinho e pessoas estressadas para que ele as puxasse para o palco...rs. O filme, longe de recuperar o original, foi uma forma legal, mas melancólica de lembrar dos shows.

Agora uma declaração: a sessão em que fui foi uma festa estranha com gente esquisita. No cinema, hoje, não há mais silêncio. As pessoas resolvem por toda a conversa em dia na hora do filme. Ou responder às mensagens no celular.  Durante o U2 3D, no entanto, o silêncio da platéia era sepulcral. Espírito de porco coletivo, incrível.

Por fim, vale lembrar: faltam CATORCE dias para o show MUSE + U2 em SP. Hoooooooooray!!!



quinta-feira, 24 de março de 2011

Sessão Dupla

Hoje foi dia de dois filmes. Muito diferentes, eles têm, no entanto, algo em comum: as instituições governamentais - inteligência, exércio - em destaque. No primeiro, elas são expostas pelo que são, e como não podemos realmente contar com elas, mesmo se delas fizermos parte. Triste. No segundo, como podemos contar com elas until the end of the world (mesmo que ele aconteça num surreal ataque alienígina). Haha. 
Bom, são estes os filmes:


Jogo de Poder (Fair Game). Doug Liman, US/Emirados Árabes, 2010. Baseado no livro de memórias de Valerie Plame, Fair Game. Com Naomi Wats (enquanto escrevo, passa um outro filme dela no Telecine, O Despertar de uma Paixão, 2006) e Sean Penn (como eu gosto do Sean Penn, mesmo com a esquisitisse do cabelo nesse filme. Não é chatice, veja lá e me diz se não é engraçado).  Hoje estou cheia dos comentários...

Quanto ao filme, a sensação de impotência é sufocante.  Em A Troca, de Clint Eastwood (2008), senti uma impotência tão gigante diante da arbitrariedade da polícia que me deu vontade de rasgar a tela do cinema. Em Fair Game esse sentimento não foi tão intenso, mas o efeito foi mais devastador: as instituições existem para as pessoas, e não o contrário. Certo? Ou não? Por mais sagradas que elas aparentem ser, por mais que defendam ideais supremos em seus estatutos, elas cometem suas grandes trapalhadas. E nós temos de arcar com essas pataquadas, às vezes sem chance de defesa.

Uma ressalva: para mostrar a dimensão de um "unfair game" (sorry, o trocadilho foi muito irresistível...), o roteiro constrói a história com muito cuidado, apenas para apressá-la de forma boba no final. Uma pena. Mas fiquei abalada igual. O corte no final foi de um efeito bastante interessante também.
PS: Uma das músicas do filme chama Clint Eastwood (Gorillaz)!!! E eu ali pensando nele...

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (Battle: Los Angeles). Jonathan Liebesman, US, 2011.

O mundo tem mania de acabar, seja nas telas, seja nas previsões - o próximo fim está previsto para 2012.

Em A Batalha..., o mundo é atacado por ETerminators, e não se sabe muito bem de onde vêm os ataques. Nesse sentido, este filme é interessante em vários aspectos: o título já anuncia que ele é apenas um capítulo numa batalha muito maior. O tempo que a narrativa abrange é apenas de algumas horas, o que torna a batalha mais intensa, concentrada e alucinante. As batalhas lembram muito o modo de filmar apresentado em O Resgate do Soldado Ryan (1998), um caos de tiros, explosões, pessoas feridas, gritos... Uma proposta realista de batalha, e foi aqui que  meu interesse acabou. Os diálogos são toscos demais (Um: "You have to leave!" Outro: "No, I won't let you die" Um: "Leave!!!" Outro: "Noooooooooo, not again!!!" Sério?), o que me leva a questionar como se gasta tanta grana e uma tecnologia fantástica com um roteiro tão descuidado. 

As cenas são alucinantes, saí com uma dor de cabeça chata. Ah, Aaron Eckhart salva o mundo novamente, ou pelo menos uma parte dele. A outra tentativa de ser o herói da vez foi num filme de que gosto muito, apesar de todos dizerem que é ruim demais (O Núcleo, Missão ao Centro da Terra / The Core, 2003).

quarta-feira, 23 de março de 2011

Hoje tem festa no céu.

Nascida e criada na boa tradição do amor romântico, sinto o dia de hoje assim: Richard Burton, ausente deste mundo desde 1984, reencontrou seu grande amor, Elizabeth Taylor. Festa glamorosa no céu, com muitos convidados queridos, de quem sentimos falta aqui na terra.

Um deles é Paul Newman. E, ao me despedir de Liz Taylor, trago minha imagem preferida dela. O filme é Gata em Teto de Zinco Quente (Cat on a Hot Tin Roof. Robert Brooks, US, 1958).

Para a minha persona de doze anos, o cinema americano da década de 30 a 50 era a imagem do romantismo. Nesse cenário, Gata em Teto de Zinco Quente foi um susto e uma boa surpresa. Até hoje, e já longe dos doze anos, ele para mim é uma das histórias mais brillhantes e intensas sobre relacionamento, a vida a dois e em família. Forte e dolorido, esse é um dos meus filmes preferidos.
Sorte nossa que os filmes existem... sem eles, perderíamos Elizabeth Taylor para sempre. Com eles, porém, ela permanece conosco, enquanto comemora o reencontro com Richard Burton no patamar de cima.


segunda-feira, 21 de março de 2011

Sexo sem Compromisso

(No Strings Attached. Ivan Reitman, US, 2011).

Quem me conhece sabe que eu tenho uma birra violenta contra categorias fechadas, mesmo que eu mesma não consiga me livrar delas. Para mim, o problema dos gêneros muito específicos no cinema é que há como uma "receita de bolo" ligada a eles.

Digo isso agora em relação às comédias românticas, em que alguns elementos parecem meio obrigatórios: os melhores amigos desastrados dos bonitinhos protagonistas; parentes enrolados e maluquinhos; situações inusitadas; a correria no final - seja no aeroporto, teatro, rua, lago... Enfim. Tenho notado que há uns dois anos as comédias românticas, mesmo que leves e fofas, têm ficado menos bobas, com diálogos mais legais.

No entanto, Sexo sem Compromisso me deixou triste porque quase chega lá, mas para mim acabou por se atrapalhar na receita. O filme e a história de Adam e Emma (Ashton Kutcher e Natalie Portman) ficou solta, os melhores amigos ficaram sonsos, o pai enrolado se mostrou caricato - mesmo que interpretado por Kevin Kline, que eu adoro. Bom, tudo bem, vale aqui uma ressalva: eu bebi três litros de coca-cola antes do filme, no almoço, e saí por duas vezes para ir ao banheiro. Talvez não tenha me prendido na história o suficiente, ou talvez o filme seja tosco mesmo. Um pouco mais de cuidado - um elemento que está muito ausente dos filmes hoje - poderia permitir que se contasse a história com menos tapacadas.


Algumas coisas eu achei muito legais. A primeira vez de Adam e Emma juntos, uma cena muito boa: sem música, sem tempo suspenso. O sexo ali, sem jeito e apressado, com os dois personagens muito transparentes (ia colocar nus, mas isso é óbvio...haha). Esta é outra coisa legal: ninguém sai da cama de cueca, sutien, terno e gravata: depois do sexo, eles levantam nus mesmo. Ufa. Adam é um personagem de que gostei, coerente, que fez sentido para mim. A mágoa e a angústia dele contrastam com o exagero de Emma, que  um pouco lovephobic demais - quase um caso psiquiátrico... No entanto, o final conseguiu me tranquilizar.  

Por fim, uma última coisa favorita: quem não viu o filme, não vai entender, e eu não vou contar, mas o "period mix" ficou engraçado... bleeding songs for TPM moments. Muito muito trash, e muito, muito divertido.

De onde veio Smoke...

Há uns dias, conversando sobre o autor Paul Auster, descobri que uma história dele deu origem a Cortina de Fumaça (Smoke, 1995). Adoro o filme e fiquei feliz de saber do livro. Encomendei na hora.

Mais feliz ainda fiquei quando Auggie Weren's Christmas Story (Paul Auster) chegou. O livro é uma graça, muito lindinho, com ilustrações incríveis da ilustradora argentina Isol. Uma delícia de livro e uma boa surpresa.

Está traduzido para o português como O Conto de Natal de Auggie Wren (Compannhia das Letras), mas vem sem ilustrações. A edição que eu li, em inglês, é da faber & faber, e não encontrei uma foto boa para trazer aqui. Vai a desfocada...

Auggie was photographing time, I realized, both natural time and human time, and he was doing it by planting himself in one tine corner of the world and willing it to be his own, buy standing guard in the space he had chosen for himself.” (p. 16).





sábado, 19 de março de 2011

Luna Clara e Apolo Onze

Ontem, na Livraria Cultura, esbarrei num livro muito amado:

Luna Clara e Apolo Onze, de Adriana Falcão (Editora Salamandra, 2002). 

Li há anos, não lembrava mais... uma pena, porque é um dos livros mais queridos que já li. Fofo. Por isso acho importante anotar o que leio e assisto no cinema, porque a memória está complicada. Minha sorte que existe o acaso...


 

sexta-feira, 18 de março de 2011

O início é também um divisor...


Hello Hello!

Neste ponto de As Viagens de Amélie, vale um esclarecimento. Os posts anteriores a este são uma restrospectiva dos livros e filmes que li e vi desde 2010 até março de 2011. A partir daqui, os posts serão específicos dos livros ou filmes, que serão publicados quando eu terminar de ler ou quando eu sair do cinema. Ou assim eu espero...

Espero também que gostem!!!

Carinho, Drix.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Março - 2011

Gemstone -  Barbara Delinsky.

Escrito em 1983, editado pela HarperCollins, esse livro é, no entanto, mto Júlia ainda. Chamado Vintage Delinsky, ele conta a história de um casal que se reúne 8 anos depois da separação... e casa novamente naquela confusão normal. Bom p carnaval, numa tarde de sábado em casa.



Looking for Peyton Place Barbara Delinsky.

Comprei os dois da Delinsky no sebinho. Valeu muito este último, de 2005, um dos poucos dela que ainda não li. Annie Barnes volta para Middle River, sua cidade natal, para desvendar os motivos da doença da irmã e da mãe, esta última morta numa queda da escada. Sua briga é com a família dona da cidade, os Meades, e seu romance é com o filho mais velho deles, James. Mto legal e um tributo a Grace Metalious, autora de Peyton Place, 1956, e a melhor amiga imaginária de Annie.

Love Bites – Lindsay Sands.
(The Argenau Series n. 1 

Divertido, parte de uma série infinita. Apesar de os personagens serem relacionados, um livro não necessariamente segue o outro. Comprei seis no sebo (que entusiasmo...), mas não pretendo seguir agora.

Filmes


Caça às Bruxas (Season of the Witch). Dominic Sena, US, 2011. 

O Santuário (Sanctum). Alister Grieson, US/Austrália, 2011. Filminho ruim. 127 horas dá de 10 a O nas cenas de ação.

Gnomeu e Julieta (Gnomeo & Juliet). Kelly  Asburry, UK/US, 2011. Fofinho, com músicas de Elton John. 

Discurso do Rei, again, com a mãe, Platinum)

Cisne Negro, again, com mãe, no parkshopping, lotaaaaaaaaaado de caipiras... Pense que toda cena de sexo o povo pirava.

Esposa de Mentirinha (Just Go With It). Dennis Dugan, US, 2011. Horrible.

Rango. Gore Verbinski (a foto ao lado é dele, achei bonitinho...rs), US, 2011. 

Desconhecido(Unknown).Jaume ollet-Serra, UK/Alemanha/França/Canada/Japão/US, 2011.

Fevereiro - 2011


Tiger’s Curse - Colleen Houck.

A capa é liiiiiiiinda, a história promete... mas o livro se mostra como um recorte muito claro de outras histórias conhecida. Frankbook, eu e Rita o apelidamos. O segundo da série está vindo aí, vamos ver se frank muda um pouco... 






The wolves of mercy falls - Maggie Stiefvater
 (Shiver (1), Linger (2).


Nova série, oba oba. Não larguei, embora não seja super incrível. Mas rola um suspense básico e os personagens são bastante melancólicos, o que eu gosto.



The wind-up Bird Chronicle - Haruki Murakami.

To lendo aos poucos. E ainda.

“Oh, what the hell. (...) If something was going to happen, let it happen. If something wanted to happen, let it happen.” (p. 60).

The passage of time will usually extract the venom from the most things and render them harmless. Then, sooner or later, I forgot about them.” (p. 79).

“… an easy-listening freak.” (p. 80).





Este mês foi bom de filme... Muito bom.


Love and Other Drugs again, agora com a Mariana.

As Aventuras de Sammy (Sammy's avonturen: De geheime doorgang). Ben Stassem, Bélgica, 2010. Co Marcelita e PP.

O Turista, again.










O Vencedor (The Fighter). David O. Russel, US, 2010. Uma história convencional, mas muito bem contada.

Cisne Negro (Black Swan). Darren Aronofsky, US, 2010. Wow. Jesus não tem dente no páis dos banguels... Por falar em extremos e não concessões... Maravilhoso.

As Viagens de Gulliver, again and again.

Bravura Indômita (True Grit). Ethan e Joel Coen, US, 2010. Outra história bem contada.
O Discurso do Rei (The King's Speech). Tom Hooper, Austrália/UK/US, 2010. A angústia de não se conseguir dizer o que quer, sem caricaturas. Maravilhoso.

Besouro verde (The Green Hornet). Michel Gondry, US, 2011. Michel Gondry? Really?

Inverno da Alma (Winter's Bone). Debra Grunik, US, 2010. C(*¨&$(#_. Que filme bom.

Justin Bieber: Never Say Never. Jon Chu, US, 2011. Não confundir a música geleca de Justin (Junten Justen) com o documentário, muito bem feito. E deprimente, porque o moleque não tem vida.
127 horas (127 hours). Dannyl Boyle, UK/US, 2010. Genial. Fui com a Mary, que desmaiou. De verdade. Foi surreal e totalmente por causa do filme. Quando voltamos para casa do hospital (a pressão dela não voltava), vimos o final - eu tenho o filme no computador. Incrível. Aaron Halston é totalmente superman, e bem humorado.









Janeiro - 2011

Georgina Kinkaid - Richelle Mead.
(Succubus Heat (4) + Succubus Shadows (5).
“He shook his head. “Yeah… but it’s still surreal to think that I can write something – create something – that affects people so strongly that they get an emotional involvement with what I’ve pulled from my head. And to realize that someone I know personally… knowing it affects you like that… well, like I said, surreal.” (Succubus Heat, p. 150).

“Guilt was probably the worst culprit of all when it came to stupid behavior.” (Succubus Shadows, p. 21)

“Dreams are what fuel human existence. Dreams of power, love, revenge, redemptions… the dreams of mankind are vast, uncountable. Humans dream both waking and asleep. Those hopes and fears are what put them at risk – they gamble their lives and souls on dreams.” (Succubus Shadows, pp. 192/193).


HQ - Scott Pilgrim 1 e 2 – Bryan Lee O’Malley.


Totalmente hilário... muito bom! As caras do Scott são impagáveis, os micos também. Um dias desses tive um sonho em formato de mangá, com personagens japoneses, dentro de uma história do Scott. 


 A long Way Down - Nick Hornby.
Quatro pessoas se encontram na noite do ano novo – a mais suicida noite de todo o ano – no alto do prédio mais suicida de Londres. Martin, Maureen, Jess e JJ passam a conhecer a história de cada um e a contar a sua própria, no insightfull modo de ver o mundo que Hornby possui. Não se deixe desanimar pelo tema, o livro é divertidíssimo e muito doce. Eu havia comprado esse livro antes, e vendi para o Sebo... Comprei de novo alguns anos depois e não consegui parar de ler. Tudo tem seu momento.

And I’m not saying that being engaged to Miss Sweden, playing for Manchester United and winning Oscars inoculates you against depression – I’m sure it doesn’t.” (p. 6).

The trouble with my generation is that we all think we’re fucking geniuses.” (About 30, JJ, p. 23)

“Consistency is the last refuge of the unimaginative. “ (p. 26)

I got like this brain thing. It’s called CCR’ which, of course is credence Clearwater revival…” (p. 37).

But of course I’m angry. I don’t know why I ever pretend I’m not. The church had something to do with it, I suppose.” (p. 93).

“You’re not allowed to say anything about books because they’re books, and books are, you know, God.” (p. 146 – Jess).

This is how I feel, every day, and people don’t want to know that. They want to know that I’m feeling what Tom Jones makes you feel. (…) But I feel like this, and they won’t play what I feel on the radio, because people that are sad don’t fit in.” (p. 151).

"…when you can’t even tell people the simplest fact about your life, just because they’ll presume you’re asking them to feel sorry for you. I suppose it’s why you feel so far away from everyone, in the end; anything you can think of to tell them just ends up making them feel terrible.” (p. 154)..

“That’s when stories end, isn’t it? When people show they’ve learned things, and problems get solved. I’ve seen loads of films like that.” (p. 191).

The truth will set you free. Either that or it’ll get you a punch in the nose. Surviving in whatever life you’re living means lying, and lying corrodes the soul, so take a break from the lies just for one minute.” (p. 199).

“Telling yourself life is shit is like an anaesthetic , and when you stop taking the Advil, then you really can tell how much it hurts, and where, and it’s not like that kind of pain does anyone a whole lot of good.” (p. 231).

Asleep - Banana Yoshimoto.

São três histórias basicamente sobre perda. De uma melancolia tão palpável, que daria para esculpir. Yoshimoto parece fazer exatamente isso. Esculpe a melancolia com uma delicadeza incrível. No últlimo conto, Asleep, eu me vi de frente.

The flood of memories that streamed over me when this draft of na old letter emerged from the depths o fone of my drawers was so powerful that for a few moments I stopped cleaning and just sat still.” (p. 1 Night and Night Travelers).

Even travellers who brush sleeves on the road are bound by ties from a former life…” (p. 80, Love Songs)

“The only thing I understood right from the very beginning was that our love was supported by loneliness. That neither one of us could haul ourselves up out of the deadly numbness we felt when we lay together, so silent, in darkness so isolating it seemed to shine. This was the edge of the night.” (p. 114, asleep).

“So we remained precisely as we were, making no waves, at a standstill.” (p. 133, Asleep, fala Terako).

“Nothing exists in this world but me and my bed…” (p. 141).


Lunch in Paris (A love story with recipes) - Elizabeth Bard.

A vivência de uma cultura diferente da nossa pela comida é incrível. Uma americana em Paris narra como conheceu seu marido, se apaixonou por ele e criou uma nova vida, numa outra nacionalidade. As percepções da cultura francesa passam pelo entendimento de como o francês se alimenta... muito bonito e doce.
Para mim, mostra também como o mundo é um lugar realmente estranho para os americanos – generalização, né? Mas acho que essa funciona. Um olhar para as diferneças que faz com que elas fiquem muito absolutas... enquanto eu acho que depende sempre do olhar. Liz Bard já havia vivido em vários lugares antes de se mudar para a França, mas o olhar dela é muito “nós e o resto do mundo” em alguns momentos. Somente uma ressalva num livro de que gostei muito.


“No better way to avoid making a decision than burying yourself in a big fat book.” (p. 105).

“I had descended from the mountain of the perfect, into the valley of the possible…” (p. 155).

“You forget to say bounjour!” (p. 204).


As may father used to say: “assume” makes an “ass” out of “u” and “me”. (p. 207).

A fabulous cook and an adventurous eater…” (p. 235).

Then something extraordinary happened. As soon as I gave up control, relaxed the grip of my whitened knuckles, as soon as I admitted that I could not right a tilted universe with my bare hands – the squatters up and left.” (p. 288).

But in France food is a labor of Love, not a convenience…” (p. 306).

Control freak of yore…” (p. 307).

Meals can, and do, tell stories.” (p. 308).

There is a museum to preserve the stories of the past, and a movie studio to create the dreams of the future.” (p. 310).

 
Filmes

Enrolados (Tangled). Nathan Greno, Byron Howard, US, 2010. Amei, amei,amei.

Incontrolável (Unstoppable). Tony Scott, US. 2010. Acabei o filme com as mãos na cabeça, nervosíssima, rs. Muito legal. 

Além da Vida (Hereafter). Clint Eastwood, US, 2010. Clint I Love You!  Amo. A delicadeza para tratar de temas sem julgamento... Quando vi o trailler, fiquei preocupada, rs. Quando eu acho que ele vai pisar na bola, ele me surpreende de novo. Muito bom.

As viagens de Gulliver (Gulliver's Travels). Rob Letterman, US, 2010. A parte de Kiss, do Prince, é legal. Ponto.Enrolados, again.

A Vida e Morte Charlie (Charlie St. Cloud). Burr Steers, US, 2010. O resto do planeta odiou, eu achei fofo e me emocionei.

As Viagens de Gulliver, again.

Zé Colméia, o filme (Yogi Bear). Eric Breving, US/Nova Zelândia, 2010. Uma catástrofe.

Hereafter, again, com a mãe.

O Turista (The Tourist). Director: Florian Henckel von Donnersmarck, US/França, 2010. De novo, EU X The world. Achei divertidíssimo e o final é realmente surpreendente.

Biutiful. Alejandro González Iñárritu, México/Espanha, 2010. Angustiante ao extremo, um filmEnrolados, again and again and again.
e maravilhoso, though. Mas isso só dá para perceber com a distância, porque no cinema é só angústia.

Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs). Edward Zwick, US, 2010. Um filme feito com cuidado é sempre diferente. Adorei, os diálogos são honestos, a história não é contada com preguiça. E Jake é sempre um bonus.

Deixe-me Entrar (Let Me In). Matt Reeves, UK/US, 2010. Versão de Let the Right One In, filme sueco, adapção de livro do mesmo nome. O primeiro filme é ainda meu preferido, poético e forte.